A verdadeira elegância não se sustenta sobre a fraude. A base de qualquer vida civilizada é a honradez, onde a palavra dada vale ouro e o trabalho é executado com perfeição moral e técnica.
1. DA FONTE DAS BOAS MANEIRAS
A ética cristã e a boa educação nascem do amor à Verdade, que é o próprio Deus. Portanto, toda mentira, fraude ou "jeitinho" para contornar a lei é uma ofensa direta ao Criador e uma violação da ordem social.
O trabalho e as relações comerciais não são apenas meios de lucro, mas ocasiões de santificação e serviço. O cristão sabe que "Deus tudo vê"; assim, a honestidade não depende da vigilância humana, mas da consciência da presença divina. O princípio de "fazer o bem e muito bem feito" reflete o dever de devolver a Deus os talentos multiplicados, sem jamais construir o sucesso pessoal sobre a desgraça ou a exploração do irmão.
2. DAS VIRTUDES CORRELATAS
A conduta ética exige uma alma habitada pela Justiça e pela Fortaleza:
Unidade de Vida (Integridade): Não deve haver duplicidade no caráter. O que é correto em público deve ser correto no privado. A pessoa educada rejeita a hipocrisia; ela é a mesma na igreja, no escritório e na intimidade do lar.
Justiça Comutativa: A vontade firme de dar a cada um o que é seu. Isso implica pagar o que se deve e cumprir o que se promete.
Studiositas: A virtude que nos leva a buscar a competência necessária para o nosso estado. A preguiça mental ou o comodismo profissional são falhas morais graves.
Prudência: A sabedoria de reconhecer os próprios limites e escolher retamente os compromissos e as companhias.
3. DAS REGRAS DE BOAS MANEIRAS
A técnica da ética se manifesta na recusa absoluta de qualquer torpeza, seja em jamais cometer grandes crimes ou nos "pequenos delitos" do cotidiano aceitos pela cultura popular.
3.1. Boas Maneiras Pessoais (Competência e Autocrítica)
Competência como Dever: Nunca se candidatar a cargos ou tarefas para os quais não se tem preparo. Fingir saber o que não se sabe é desonestidade intelectual e falta de caráter.
Atualização Constante: O comodismo é uma negligência. Manter-se atualizado é uma obrigação ética para servir bem.
Responsabilidade na Escolha: Ser prudente ao assumir compromissos. É mais educado recusar uma responsabilidade que não se pode cumprir do que aceitá-la e falhar. Deve-se evitar ambientes e relacionamentos que, sabidamente, não darão bons frutos.
3.2. Boas Maneiras para com o Próximo (Lealdade e Comércio)
Proteção ao Vulnerável: A regra de ouro da nobreza de caráter é jamais tirar vantagem de ninguém e muito menos da parte mais fraca. Aproveitar-se da ignorância, inexperiência ou necessidade alheia (seja de um cliente ou de um amigo) é um ato de vileza.
Preço e Valor: Praticar preços justos e não explorar. O sucesso não pode ser construído sobre o prejuízo alheio.
Fidelidade à Palavra: A palavra dada deve ter o peso de uma escritura. Prazos devem ser cumpridos, confidências mantidas e dívidas pagas (bancos, lojas ou pessoas) no valor e data corretos. A confiança é o maior patrimônio social de uma pessoa.
3.3. Boas Maneiras em Relação ao Evento/Ambiente (Legalidade e Coisa Pública)
Respeito à Lei: A pessoa educada não recorre a artimanhas para driblar a lei. Ela se afasta da corrupção, do suborno e da prevaricação.
Honestidade nos Detalhes: O princípio se estende ao pequeno. Levar o lápis da empresa para casa, usar recursos do trabalho para fins pessoais ou furar filas são atos que comprometem a integridade.
Não "se encostar": Viver dentro dos próprios meios e não abusar da generosidade alheia ou do sistema. A postura de "sangue-suga" é incompatível com a dignidade humana.
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