Princípios Éticos Pessoais e Profissionais
Honradez e Respeito às Leis
A base de qualquer vida em sociedade civilizada repousa no respeito às leis e aos bons costumes. Uma pessoa verdadeiramente educada jamais viola a lei ou recorre a artimanhas para driblá-la. Mais do que isso, ela se mantém afastada de qualquer conduta que envolva torpeza moral, desonestidade, fraude, engano, roubo, mentira, abuso de poder, corrupção ou prevaricação.
Este princípio não se limita apenas aos grandes crimes ou transgressões evidentes. Ele se estende aos pequenos detalhes do cotidiano: o lápis da empresa não é para levar para casa, não se deve usar de terceiros para contornar regras, nem se envolver em qualquer prática que, por menor que seja, comprometa a integridade pessoal ou profissional.
A honradez verdadeira manifesta-se na consistência entre o caráter público e privado. Não há duas medidas: o que é correto em público deve ser correto também no ambiente íntimo, e vice-versa.
Não Tirar Vantagem dos Outros
Uma das marcas mais distintivas da pessoa educada é sua recusa em tirar vantagem de partes mais fracas em qualquer situação. Isso significa não se aproveitar de pessoas mais pobres, desinformadas, inexperientes ou vulneráveis em hipótese alguma.
Esta regra aplica-se tanto aos negócios quanto às relações pessoais. No âmbito profissional, significa praticar preços justos, oferecer produtos e serviços de qualidade, e não explorar a ignorância ou necessidade alheia. No âmbito pessoal, significa não se "encostar" em ninguém, vivendo dentro dos próprios meios e não abusando da generosidade ou boa vontade dos outros.
A pessoa educada compreende que o verdadeiro sucesso não pode ser construído sobre a exploração ou prejuízo de outros. Ela busca relações mutuamente benéficas, onde todos os envolvidos possam prosperar de forma digna e justa.
Competência e Atualização Profissional
A competência profissional é uma questão ética fundamental. Nunca se deve candidatar a cargo para o qual não se tem a devida preparação, conhecimento ou experiência necessária. Aceitar responsabilidades para as quais não se está qualificado não é apenas prejudicial para o próprio desempenho, mas também constitui uma forma de engano para com aqueles que confiam em nosso trabalho.
A atualização profissional é um dever contínuo. O comodismo ou a omissão em manter-se atualizado em sua área de atuação representa uma forma de negligência para com as responsabilidades assumidas. Melhorar a eficiência do que se faz não é apenas uma meta pessoal, mas uma obrigação ética para com todos os que dependem de nosso trabalho.
A pessoa educada jamais finge que sabe algo que não sabe, nem se apresenta como especialista em assuntos que não domina. A honestidade intelectual é tão importante quanto a honestidade financeira ou moral.
Fidelidade à Palavra Dada
A boa educação depende fundamentalmente do valor da palavra dada. Esta é uma das bases da confiança social e das relações humanas saudáveis. Quando se assume um compromisso, seja ele grande ou pequeno, formal ou informal, deve-se honrá-lo integralmente.
A fidelidade à palavra manifesta-se em diversos aspectos da vida: no cumprimento de prazos, no respeito aos acordos financeiros, na manutenção de confidências, na execução de tarefas prometidas. Todas as dívidas - sejam elas com lojas, bancos ou pessoas - devem ser pagas no prazo acordado e no valor correto.
A incorruptibilidade dos valores pessoais é essencial: estes não devem variar conforme o ambiente ou as circunstâncias. A palavra dada deve ter o mesmo peso independentemente de quem a escute ou presencie.
Responsabilidade nas Relações
A pessoa educada aceita responsabilidades e não foge delas. Porém, ela é igualmente cuidadosa em não buscar responsabilidades em lugares onde não darão bons frutos. Isto significa ser prudente na escolha de relacionamentos, ambientes e compromissos.
Uma vez estabelecida uma responsabilidade, não se deve fugir dela. Por isso, é fundamental ser responsável desde o início na escolha do tipo de relacionamento e ambiente em que se envolve. Relacionamentos indevidos e más companhias raramente trazem consequências positivas, e as responsabilidades decorrentes desses envolvimentos podem ser difíceis de carregar pelo resto da vida.
A responsabilidade verdadeira inclui também a capacidade de reconhecer os próprios limites e não assumir compromissos que não se pode cumprir. É melhor recusar uma responsabilidade do que assumi-la e não honrá-la adequadamente.
Conclusão
Estes princípios éticos não são meros conceitos abstratos, mas diretrizes práticas para uma vida em sociedade harmoniosa e produtiva. Eles formam a base sobre a qual se constrói não apenas a boa educação, mas também a confiança mútua essencial para qualquer empreendimento humano bem-sucedido.
A pessoa que incorpora estes princípios em sua vida cotidiana não apenas eleva seu próprio caráter, mas contribui para a melhoria do ambiente social em que vive. Afinal, como nos lembra o documento, "devemos fazer sempre o bem. E muito bem feito."
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