Hoje a vovó quer contar uma história que me toca muito o coração. É sobre uma moça que era linda
como uma flor de primavera - tinha os cabelos mais brilhantes, as roupas mais elegantes e um rosto que parecia de boneca e os olhos verdes. Mas sabem, meus amores? Às vezes as pessoas são como aquelas caixinhas de presente que encontramos: por fora, todo o brilho e beleza do papel de presente mais bonito, mas por dentro... ah, por dentro podem estar vazias.
como uma flor de primavera - tinha os cabelos mais brilhantes, as roupas mais elegantes e um rosto que parecia de boneca e os olhos verdes. Mas sabem, meus amores? Às vezes as pessoas são como aquelas caixinhas de presente que encontramos: por fora, todo o brilho e beleza do papel de presente mais bonito, mas por dentro... ah, por dentro podem estar vazias.
Essa moça estava com seu namorado, um poeta de alma sensível, visitando uma cafeteria nova que tinha acabado de abrir. Era um lugar todo iluminado, com vitrines brilhantes e um cheirinho delicioso de café fresquinho. Na calçada, tinha várias famílias simples, pessoas que talvez nunca pudessem tomar um café naquele lugar tão chique, mas que estavam ali, encantadas, olhando as luzes bonitas da iluminação da cafeteria e sonhando um pouquinho.
E sabem o que a moça fez? Em vez de se alegrar com a felicidade daquelas pessoas simples que da rua admiravam as luzes e a elegância do lugar, ela torceu o nariz e fez comentários maldosos sobre elas, porque eram pobres, imaginem! Ai, como o coração da vovó fica apertadinho só de contar! O namorado dela, que tinha um coração bondoso, ficou tão triste ao ver aquele lado feio da moça bonita que acabou não casando com ela, porque afinal ele não era trouxa, não é? Ninguém pode ser feliz convivendo com pessoas que tem um coração esnobe, pobre.
Vejam só, meus amores: aquela moça era como um vaso de flores artificial - bonito de se ver, mas sem vida, sem perfume, sem a verdadeira beleza que vem de dentro. E isso me faz pensar em algo muito importante que quero dividir com vocês.
Claro que devemos nos cuidar, cuidar da nossa aparência, meus queridos! A vovó sempre diz que é importante estar limpinho, arrumadinho, cuidar da saúde e se sentir bem com a gente mesmo. Mas a verdadeira beleza, aquela que não murcha com o tempo, é a que carregamos no coração.
Quando vocês encontrarem alguém mais simples, que tem menos do que vocês, lembrem-se: aquela pessoa também tem sonhos, também tem sentimentos e tem direito de se encantar com coisas bonitas, e merecem respeito e consideração. Não sejam como aquela moça da história, que tinha espelhos em casa para ver seu rosto bonito, mas não tinha espelho para enxergar sua própria alma. Façam sempre exames de consciência, conversem com seu diretor espiritual e fazem confissões regulares para evitar ficar "mal parado" na vida.
Às vezes, meus netinhos, as pessoas mais simples têm tanto a nos ensinar! Elas sabem encontrar alegria nas pequenas coisas, como aquelas famílias encantadas com as luzes da cafeteria. Isso sim é uma beleza que vale ouro!
E tem mais uma coisinha que a vovó sempre diz: não precisamos ter tudo do bom e do melhor para sermos felizes. Às vezes, as pessoas ficam tão deslumbradas com coisas caras e luxuosas que se esquecem das coisas mais importantes da vida - como ter um coração bondoso e saber compartilhar sorrisos com quem encontramos pelo caminho.
Por isso, meus amores, cuidem sim da sua aparência, mas cuidem muito mais do seu coração. Sejam bonitos por dentro! Cultivem a gentileza, a consideração pelos outros, o respeito por todos - não importa se são ricos ou pobres. Porque, no final das contas, a beleza que realmente importa é aquela que faz os olhos brilharem de bondade e o sorriso ser sincero.
E lembrem-se sempre: quando virem alguém se encantando com algo bonito, mesmo que seja algo simples, não zombem nunca! Juntem-se àquela pessoa na alegria dela. Afinal, o mundo fica mais bonito quando a gente sabe compartilhar a felicidade dos outros, não é mesmo?
Com todo o amor do mundo,
Vovó Lillo
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Texto desenvolvido relembrando o carinho cotidiano da vovó Lillo e do vovô Xuxu (in memoriam), meus pais, com edição do Claude (Anthropic), inspirado no conto 'Os Olhos dos Pobres' do livro " Spleen de Paris" de Charles Baudelaire.
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