Boas Maneiras na Igreja 2



É esperado que pessoas que frequentam a Igreja, especialmente aquelas em posições de liderança em pastorais, demonstrem um nível elevado de refinamento humano. Isso vai além da mera observância de regras externas, como vestimentas apropriadas ou linguagem respeitosa. O verdadeiro refinamento humano se manifesta através de um caráter maduro, demonstrado por atitudes de amor, compaixão, humildade e sabedoria em todas as interações e decisões. Líderes e membros ativos da igreja devem aspirar a um padrão mais alto de comportamento, refletindo os valores cristãos em todas as suas atitudes para assim, refletir a caridade de Cristo.


Esse refinamento humano passa pela questão de ser emocional e espiritualmente amadurecido. Ter maturidade emocional se refere à capacidade de gerenciar as próprias emoções, responder adequadamente às situações e manter relacionamentos saudáveis. A maturidade espiritual envolve o crescimento na fé, o aprofundamento do relacionamento com Deus e a aplicação dos princípios religiosos na vida diária. Na prática, essas duas formas de maturidade estão profundamente interligadas, pois a maturidade emocional permite que uma pessoa compreenda e pratique os ensinamentos espirituais com mais eficácia, enquanto o fortalecimento da fé proporciona uma base sólida para lidar com desafios emocionais. Por exemplo, em momentos de estresse ou conflito, uma pessoa com maturidade espiritual pode buscar oração e reflexão, ajudando-a a manter a calma e a responder de forma construtiva, em vez de reagir impulsivamente.


Ou seja, espera-se que toda liderança religiosa e idealmente todo paroquiano demonstre amor, compaixão, humildade e sabedoria em todas as interações. O verdadeiro refinamento humano de um cristão se manifesta em um caráter maduro capaz de refletir a bondade de Cristo cotidianamente.


O refinamento humano é crucial para a construção de uma comunidade sólida e respeitosa, onde todos se sintam valorizados e acolhidos. Ele influencia diretamente o ambiente espiritual, promovendo relações saudáveis e um testemunho autêntico da fé. Um comportamento maduro, educado e refinado é fundamental para demonstrar os valores cristãos em todas as esferas da vida.

Possíveis Falhas por Falta de Refinamento Humano 


1. Egocentrismo: Foco excessivo em si mesmo, negligenciando as necessidades e sentimentos dos outros. Isso pode se manifestar em atitudes como ir à paróquia apenas para obter benefícios pessoais, como companhia ou alimento, sem intenção de servir ou rezar, de falar com Deus.


2. Falta de Autoconhecimento: Incapacidade de reconhecer e lidar com as próprias emoções e motivações. Por exemplo, alguém pode julgar os outros de forma negativa e se achar superior aos outros, criando antipatias e atritos desnecessários.

3. Inconsistência entre Fé e Prática: Discrepância entre os valores professados e o comportamento real. Um exemplo é tratar uma pessoa com desdém ou desconfiança devido a inveja, mesmo professando valores de amor e aceitação.


4. Insegurança: Manifestada por comportamentos que buscam atenção de maneira inadequada, como procurar a validação constante de outros para se sentir valorizado.


5. Falta de Consideração com os Outros: Incapacidade de se colocar no lugar do outro e compreender suas perspectivas. Isso pode levar ao desinteresse em conhecer verdadeiramente as pessoas, optando por rotulá-las em vez de construir conexões significativas.


6. Qualidade Real de Conhecimento da Fé: Limitar-se ao conhecimento superficial das normas e orações, sem um entendimento profundo. A verdadeira maturidade espiritual envolve a prática regular de orações, devoções, e a participação nos sacramentos, buscando um relacionamento genuíno com Deus.


7. Exclusão Social: Reflexo de insegurança e falta de compreensão do valor da diversidade. Isso se manifesta em atitudes que isolam certos indivíduos, perpetuando divisões na comunidade.


8. Inveja: Indica falta de gratidão e contentamento com as próprias bênçãos. A comparação constante com os outros pode gerar ressentimento e comportamentos negativos.


9. Assédio e Comportamento Inapropriado: Atitudes que demonstram falta de respeito e autocontrole, cruzando limites inapropriados faltando com o respeito, a civilidade e as boas maneiras o que maltrata os relacionamentos e deforma o caráter.


10. Fofoca e Difamação: Revela uma falha em praticar o amor ao próximo e a humildade. Espalhar rumores ou falar mal de outros compromete a harmonia da comunidade e a integridade das relações.


O que fazer?



  1. Autoconsciência: Incentivar a reflexão sobre motivações internas e padrões de comportamento.
  2. Arrependimento sincero: Reconhecer a natureza prejudicial desses comportamentos e buscar mudança genuína.
  3. Busca por maturidade: Encorajar o crescimento espiritual através de oração, estudo bíblico e aconselhamento.
  4. Prática da empatia: Desenvolver a capacidade de considerar os sentimentos e perspectivas dos outros.
  5. Cultivar virtudes: Focar no desenvolvimento de qualidades como humildade, paciência, bondade e autocontrole.
  6. Responsabilidade comunitária: Reconhecer o impacto de nossas ações na comunidade e buscar a reconciliação quando necessário.

Exame de Consciência

  1. Excluí alguém da comunidade por ciúmes ou preconceito?
  2. Ignorei as necessidades emocionais de alguém?
  3. Quais atitudes posso mudar para cultivar um ambiente mais amoroso e respeitoso?
  4. Julguei injustamente os outros por suas roupas ou aparência?
  5. Fiz comentários maldosos sobre as qualidades ou realizações de outros membros da igreja?
  6. Busquei atenção de maneira inapropriada durante eventos da igreja?
  7. Ignorei as necessidades emocionais de alguém em nossa comunidade?
  8. Espalhei fofocas ou rumores sobre outros membros da igreja?
  9. Usei minha posição na igreja para benefício pessoal ou para manipular outros?
  10. Demonstrei falta de paciência ou irritação com membros mais novos ou menos experientes da igreja?
  11. Resisti a oportunidades de crescimento espiritual por medo ou preguiça?
  12. Deixei de oferecer ajuda quando vi alguém em necessidade em nossa comunidade?
  13. Permiti que meu orgulho interferisse em pedir perdão ou admitir erros?
  14. Mostrei falta de respeito ou consideração pelos líderes da igreja?
  15. Negligenciei minhas responsabilidades na igreja por motivos egoístas?
  16. Participei de conversas que diminuíam ou ridicularizavam outros membros da comunidade?
  17. Deixei de intervir quando testemunhei comportamentos prejudiciais ou abusivos na igreja?

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