Meu pai sempre enfatizou a importância da educação do caráter. Ele dizia que formar o caráter é como construir uma base sólida onde o Bem floresce. Além disso, ele salientava que não bastava seguir cegamente regras morais, mas é necessário compreender o que é o bem e aplicá-lo corretamente em todas as situações da vida em sociedade.
Educar o caráter requer educar nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos práticos, cotidianos para fazer sempre o bem. Isso vai além do cego seguimento de regras, exigindo uma compreensão substancial do porquê agir de determinada maneira é crucial. A educação do caráter abrange tanto o pensamento quanto o sentimento e o comportamento.
A formação do caráter não se revela em aspectos isolados; pelo contrário, ela permeia todas as nossas atividades na vida cotidiana. Para formar o caráter, é imperativo adquirir uma formação humana abrangente.
Compreender a essência do bom caráter vai além de meros moralismos superficiais. Requer uma profunda compreensão do que é correto, alinhado a valores éticos. A educação emocional é igualmente crucial, orientando-nos a buscar o bem e evitar o mal, mesmo nos recônditos dos nossos sentimentos. Meu pai sempre enfatizava a importância de avaliar a correção das nossas intenções e a direção das nossas ações, garantindo que estivessem alinhadas ao SUMO BEM. A falta de clareza sobre o que é certo pode levar a erros, mentalidades negativas e ressentimentos também corrompem o caráter. Permitir ações diárias fora do âmbito do bem corroe o caráter. Para ele, quem possui um bom caráter valoriza o bem em todas as situações.
Ele sempre chamava a atenção para o fato de que o bom caráter não beneficia apenas a pessoa de bom caráter, mas sim toda a comunidade ao redor, incluindo escola e amigos. Pessoas com caráter desenvolvido fazem a diferença no mundo.
Ele sabia que o papel dos pais na educação do caráter é fundamental. Ele e minha mãe eram proativos e intencionais em muitas coisas que explicavam no dia a dia, buscando oportunidades diárias para ensinar e promover a educação do nosso caráter. A família para eles era uma comunidade fundamentada em valores como respeito, responsabilidade, bondade e justiça, entre outros.
"A aplicação prática de valores é essencial, meus filhos", ele dizia. Vocês constroem um bom caráter quando aplicam ativamente valores como responsabilidade e justiça em suas atividades cotidianas. Essa maneira de nos educar enfatizava o vínculo entre a prática cotidiana e os valores morais, evitando que nos tornássemos apenas moralistas de plantão, onde as verdades da fé e dos valores humanos se tornam uma adaga para magoar os outros ou para ostentar e distinguir-se dos demais. Ter caráter é algo prático, muito prático. Se julgamos mal os outros porque não têm os mesmos valores que nós, então nosso caráter ainda não é bom porque está limitado pela falta da prática da caridade.
É preciso também contribuir de maneira útil. O desenvolvimento do caráter está intrinsecamente ligado à profissão que escolhemos e como a praticamos. A integração entre habilidades morais e o aprendizado acadêmico, culminando em uma prática profissional excelente, é uma forma de comprovar nosso caráter e alcançar a excelência na vida. Ambos, moralidade e competência profissional, se complementam e estabelecem um ciclo positivo de sucesso e valor pessoal.
Resumindo o que meu pai dizia sobre a educação do nosso caráter: ter um bom caráter é como um pilar essencial que deve moldar nossos pensamentos, sentimentos e ações práticas pelos valores maiores. Por isso, é preciso seguir os valores ensinados pela Igreja, aprofundá-los com leituras e cursos, compreendê-los com boa literatura e praticá-los cotidianamente. Eu só achei que este blog que é uma homenagem a eles e uma forma de guardar o que me disseram deveria ter esta informação.
Não deixe de dar uma olhada na seção "Exames Pessoais" deste blog: pode ser útil.
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