Prudência: Valorizando a Sabedoria nas Escolhas Diárias

Quando nos falta a virtude da prudência, é sinal de que não pensamos bem a respeito daquele assunto sobre o qual temos que decidir algo. Devemos examinar cuidadosamente o que é verdadeiramente benéfico para nós. Muitas vezes é prudente conversar com uma pessoa mais experiente e de confiança sobre o que temos que decidir. Mas é preciso desenvolver o hábito de ser prudente. Escolhas prudentes nos fazem preferir o bem e acabam assim conduzindo nossa vida em direção ao supremo bem, que é Deus.



Apesar de ser uma virtude muito prática, desenvolvemos a prudência quando nosso primeiro passo  é meditar em oração a Deus sobre o que nos preocupa. Para alcançar o bem que deve ser realizado, devemos seguir o exemplo da Virgem Maria, que ponderava todas as coisas em seu coração. O discernimento da vontade de Deus nos ajuda a ser prudentes porque percebemos o que é certo e o que é errado. Sem Deus, mais facilmente caímos em vontades ou intenções que não levam ao bem.



Quando refletimos sobre as escolhas a serem feitas, é relevante questionar-se sobre os motivos pelos quais hesitamos. Será que temos receio de assumir compromissos? Falta-nos a fortaleza para sermos fiéis aos estudos e à família, e justificamo-nos com desculpas para não permanecermos fiéis ao prudente caminho que nos levará ao bem que devemos realizar em nossas vidas? É perceptível que a falta de decisão impede também a realização do bem que deveria caracterizar nossa existência?


A chamada "prudência da carne", que busca evitar esforços e justifica-se como prudência, é, na verdade, um uso inadequado dessa virtude, tornando-se uma desculpa para a preguiça ou omissão. Uma reflexão puramente baseada em sentimentos não é prudente. Decisões influenciadas por emoções negativas podem estar moldadas por emoções, muitas vezes inconscientes e originadas de traumas, que precisamos resolver para que não nos guiem de modo equivocado. 

Se não desenvolvemos uma verdadeira prudência, corremos o risco de orientar nossas decisões não por um julgamento correto que conduz ao bem, mas sim por limitações como traumas enraizados no inconsciente dos quais não estamos conscientes, ou por simples defeitos como o comodismo, inveja ou ambição, por exemplo. Conhecer a si mesmo, especialmente buscando ajuda em Deus, é o caminho para cultivar a verdadeira prudência, aquela que resulta no verdadeiro bem.

Pode ser útil dialogar com um psicólogo para identificar se há alguma emoção ou trauma influenciando um comportamento imprudente. Buscar auxílio para superar a imprudência é uma obrigação. 

As emoções e o conhecimento racional são formas de compreender quem somos e a nossa realidade. A prudência requer que consideremos todos os aspectos envolvidos, mas que escolhamos o que é correto fazer. A oração, ao nos colocar na presença de Deus, nos ajuda a trilhar o caminho do bem, evitando sucumbir a tentações dos defeitos pessoais ou ser guiado por emoções que desconhecemos e acabar atuando de modo imprudente.

Veja mais sobre prudência neste artigo: O que é Prudência

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